As praias australianas são invulgarmente belas, atractivas e por isso estão entre as mais famosas do mundo.
Ainda assim, também é verdade que este reconhecimento internacional nem sempre deriva das melhores razões. Por exemplo, a norte da Gold Coast, na região de Cairns, onde impera a idílica
grande barreira de coral, aquela palete de hipnotizantes azuis é proibida ao banhista. A menos que este goste de tubarões, ainda assim dos perigos menores desta região, polvilhada de belos animais mortíferos, entre os quais o delicioso polvo de tentáculos azuis, uma iguaria letal.
Nos anos 90, na famosa Buondi Beach, em Sydney, num dia calmo e solarengo, quatro ondas de oito metros levaram cerca de 200 incautos banhistas. Valeu que havia 50 salva-vidas em serviço (na Austrália esta é uma profissão tão desejada, como exigente e bem recompensada monetariamente) que resgataram quase todos. Apenas seis pereceram.
Igualmente insólito, em 1967, numa praia de Vitória, o Primeiro Ministro de então entrou na água e jamais foi visto. Actualmente, vários países desejariam igual sorte, mas nem todas as águas são assim traiçoeiras.
Bom, tudo isto para vos dizer que, apesar de todas as naturais precauções exigidas num país como a Austrália, estávamos determinados a passar uns dias de papo para o ar. Os planos eram perfeitos (nada mais programámos para a zona), mas ruíram minutos antes de aterrarmos. Os céus de espessos cinzentos e água abundante obrigaram-nos a alterar tudo.
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