Um despretensioso registo desta aventura nos antípodas…

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TOURIST VIP REST HOTEL


Acertar com a entrada do parque/recepção apenas à terceira tentativa foi o melhor que nos aconteceu neste “oásis” do outback. Ainda estamos para perceber como um local destes está associado a alguma organização credível de estadias na internet. Adiante...

O resultado da pesquisa para Tennant Creek resumiu-se a este belo pardieiro – safavam-se os quartos, não muito grandes, mas limpos, com frigorífico e ar condicionado – gerido por um velhote meio surdo, com pronúncia indecifrável e de humor pouco social.

Todo o tipo de bicharada – as catatuas e papagaios faziam parte do “zoo” privativo – que voe e rasteje estava bem representado neste local de culto para os “Very Innocent People” (VIP), como nós. Por falar em rastejar, na cozinha um grande cartaz avisava para as 10 cobras venenosas que se podem encontrar na zona. Animador...

Já a tentar dormir, um grupinho misto no quarto ao lado fez festa até alta noite. Agradecidos, não podíamos ficar atrás. Tirámo-los da cama apenas um par de horas depois.

O prometido pequeno almoço não passou disso mesmo: aliás, curioso o facto do check out ser obrigatório até às 10:00, mas só a partir das 11:00 estar “alguém” na recepção. Será que o breakfast se fazia sozinho e não sabíamos?

Bom, o sol ainda esfregava os olhos e já estávamos na estrada para mais 1.000 quilómetros, que fizemos sem grande sofrimento, com almoço e passeiozinho por Katherine.

No meio do espanto pelas inesperadas belas paisagens, escapou-se-nos a “árvore Stuart”, em Daly Waters. Stuart, um explorador soldado escocês, foi o primeiro a cruzar o continente australiano, em 1862. Saiu de Adelaide e chegou ao Mar de Timor. Em Daly Waters, perdido e numa altura em que pensava que não ia sobreviver ao outback, gravou o “S” do se nome num eucalipto gigante.

Os poucos que se aventuram de carro nestas paragens ainda podem apreciar a sua escassa caligrafia.

Sem comentários:

Enviar um comentário