Quando enlouquecemos e decidimos ir a um museu – quando estamos apertados de tempo, outras prioridades se levantam – obviamente que optámos por ver o melhor. Te Papa é único na forma de contar a história da Nova Zelândia, um ex-líbris de Wellington, a capital do país (não, não é Auckland).
Para melhorar o cenário, no dia era inaugurada uma exposição de pintores europeus. Por isso, o museu convidou todos os amigos de Te Papa, entenda-se, os patrocinadores da instituição. E não eram assim tão poucos. Aqui, a cultura leva-se a sério. Valoriza-se.
“Não, hoje não podem ver o museu. Sempre que temos uma exposição nova, o dia é dedicado aos que nos ajudam. Mas sempre podem beber algo”, disseram-nos, amigavelmente.
Mesmo não estando trajados a rigor – bem pelo contrário, pois mal tínhamos dormido e estávamos com ar “pé descalço” - lá tivemos de dizer não a um bom champagne. Não fomos tão cerimoniosos na hora do suminho de laranja e de provar três tipos de chocolate, com um gostinho dos céus.
Continuando o passeio ao longo do porto, fomos desafiados por uma autoridade nacional a contribuir com uma mensagem criativa de defesa e preservação dos oceanos. Tínhamos muito giz e um passeio enorme para dar largas à nossa imaginação. Não foi preciso muito.
“WE LOVE FISH. SAVE THE OCEANS” foi a mensagem que deixei, acompanhada de um tosco barco chamado Portugal. Curiosa, a sorridente e afável organizadora do evento veio falar com o promissor artista. Surpresa com a nossa proveniência, recordou a “bela, mas efémera” passagem pelo nosso país.
Wellington é uma cidade que se vê bem em uma tarde. Hummm... talvez meia. Por isso não nos demorámos.
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