Um despretensioso registo desta aventura nos antípodas…

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ISTO É “TUDO NOSSO”


Onde estão as pizzas?”, perguntei, pensando que nos teríamos, mais uma vez, esquecido de algo.

No frigorífico”, responderam, em uníssono, Carlos e Zé Luís.

Tive dificuldades em parar uma longa gargalhada. Realmente, isto parece tudo nosso.



Sempre que é possível e o rombo não é imoral, procurámos internet. Em Alice Springs, a escolha recaiu na Pousada da Juventude. 10 dólares e podemos estar ligados 24 horas. O “problema” é que temos de estar num hot spot. Ou seja, temos de estar no local onde contratamos o serviço.

Havendo muitas coisas que precisávamos fazer/ver na rede global, instalámo-nos pelo tempo suficiente para ter fome. Lá fomos ao supermercado. À “patrão”, trouxemos ingredientes suficientes para cozinhar. Em casa alheia. Como se isso não bastasse, convidámos o Miguel. Travámos ainda confiança com um casal italo-francês. Educadamente, não podiam comer gelado e assim deixaram os habituais dois quilos de cookies apenas para nós os quatro. Lá fizemos o sacrifício.

Na manhã seguinte ainda voltámos. Mesmo sabendo que não estávamos lá instalados – a menina fez-nos a reserva para o nosso poiso seguinte e ficou esclarecida – as recepcionistas já os cumprimentavam como se fossemos dos melhores hóspedes do mundo.


Apenas para que conste: há meio século, Alice Springs tinha apenas 4.000 habitantes e não havia visitantes/turistas. Em 1954 a festa acontecia quando o comboio semanal vinha de Adelaide com o correio, jornais, filmes e peças para automóveis. Era um acontecimento que juntava toda a parca população.

A cidade que deve o nome à mulher do director de telégrafos de Adelaide mudou muito: agora anda perto dos 30.000 habitantes e por ano recebe mais de 400.000 turistas. Em boa hora contribuímos para a média. Vale bem um saltinho.

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