Um despretensioso registo desta aventura nos antípodas…

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

BELEZA INTERIOR


Bali é como alguns humanos, também tem beleza interior. E foi motivados por essa descoberta que alugámos carro com motorista. Acabámos por perceber que foi, sem dúvida, a melhor opção. Nas estreitas e sinuosas estradas não há regras. Vale tudo. Todos ao monte e fé nos três deuses hindus (a Indonésia é maioritariamente muçulmana, mas Bali é uma ilha também em termos religiosos).

Ubud é opção para um turismo de desprezo pela praia e devoção à natureza. Como tudo na ilha, já muito comercial. Demasiado. Foi interessante a experiência com os macacos (às centenas num parque central, sem vedação e em contacto permanente com os visitantes). Um dos atrevidos no Mandala Wisata Wenara Wana viu volume no bolso dos meus calções e tentou roubar o que suporia ser comida. Não conseguiu. Ajudei-o e libertei-o do botão-obstáculo. Apenas encontrou um colorido mapa de Bali. Não ficou desapontado. Aliás, mais dois macacos vieram disputar a relíquia, que segundos depois já estava rasgada em pedaços mil.



Os terraços de arroz também são muito interessantes, embora seja uma paisagem “pequena”. É um feliz oásis na ilha em que é difícil ter privacidade. São dois milhões de balineses numa ilha pouco maior do que o Minho.

Em Kintamani, um vulcão imponente desliza suave até a um lago em cujas margens se situam pequenas, mas deliciosas povoações. Também aí, o comércio está ao rubro, com vendedores de rua a perseguir os turistas na tentativa de despachar qualquer coisa.

No meio de todo este encanto, pena que aqui também impere a corrupção da polícia. Nas barreiras por onde íamos passando, lá ía ficando uma nota.
“Senão, criam-me problemas constantes sempre que aqui passar”, confessa-nos o motorista.

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