Apesar de distar de algo mais de 400 quilómetros de Ayers Rock, Alice Springs costuma ser a cidade que serve de base a quem visita o Uluru. Claramente mais barata e com uma vida que Ayers Rock decididamente não tem. É outback puro.
As cinco horas de viagem terminaram com a primeira observação de aborígenes, alegadamente no funeral de um dos seus. Estavam reunidos no cemitério à entrada da cidade.
A segunda maior cidade do Território do Norte (a seguir a Darwin) está muito vocacionada para o turismo. Os seus 28.000 habitantes vivem dos que procuram experiências diferentes e oferecem-lhes tudo o que podem desejar para que a estada seja recordada. Sobram igualmente as lojas de souvenirs, mas curiosamente, foi aqui, onde havia a maior oferta, que nos baldámos completamente.
Simpsons Gate foi o primeiro passeio escolhido fora da cidade. Um local muito aprazível, com a montanha a ser abruptamente interrompida. Mas apenas uns 15 metros, até continuar, imponente.
Seguimos depois para Standley Chasms em busca de piscinas naturais, mas, à entrada do complexo privado, os funcionários comunicaram-nos que estavam a fechar. Antes da hora, mas tudo bem... tentámos voltar no dia seguinte, mas acabámos por perceber que as piscinas naturais ficavam, afinal, um pouco mais distantes. Como ao terceiro dia em Alice Springs íamos partir para norte (500 quilómetros até Tennant Creek), optámos por não o fazer.
Miguel Freitas, um bacano madeirense que viveu muitos anos em Lisboa e ano e meio em Sydney até se radicar em Alice Springs, foi o nosso cicerone. À noite, levou-nos a três dos melhores bares. Curtimos boa música ao vivo no Rock's, seguindo-se pezinho de dança no Bo's Jungles. Estávamos mesmo a precisar.
O Miguel também estava a “morrer” por comida portuguesa. Ainda duvidou nas nossas capacidades, mas foi vê-lo qual “leão” a aprovar as duas iguarias que lhe apresentámos. Retribuiu a gentileza com uma fantástica posta de Corn Beef. Com puré e um molho à maneira.
Apesar de estar há dois meses a viver em Alice Springs, fomos nós a mostrar-lhe os primeiros kangurus. Às 17:30, como prometido, no parque junto ao telégrafo onde fizemos umas boas caminhadas. Foi muito interessante avistar uns 25/30 kangurus em ambiente puramente selvagem.
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