Um despretensioso registo desta aventura nos antípodas…

domingo, 19 de dezembro de 2010

MALACA



Estar em Kuala Lumpur e não ir a Malaca é ainda mais grave do que ir a Roma e não ver o Papa. Não quisemos cometer esse vil pecado.

Garantiram-nos que em apenas duas horas estaríamos lá. É verdade, não fosse o facto de, antes, termos de apanhar o mono-rail e depois o comboio até à central de camionagem, já na zona periférica de Kuala Lumpur. E, chegando a Malaca, ainda tivemos de apanhar mais um autocarro…

Património Mundial da UNESCO desde 2008, destaca-se da presença portuguesa “A Famosa” (a Porta de Santiago da Fortaleza de Malaca), um dos locais mais visitados e requisitados para fotografias, e a igreja de São Paulo.

Sentir a nossa história do outro lado do mundo tem sempre um significado especial. Mostra-nos como fomos empreendedores e determinados quando o mundo, enquanto conceito global, ainda estava em fase embrionária, de descoberta. Pena que nesta pátria tantas qualidades se tenham diluído, com o tempo e ambição de mentes menores.

Sob persistente chuva, percorremos a zona a pé e as t-shirts que envergávamos, propositadamente alusivas a Portugal, foram pretexto para sermos abordados várias vezes. Esta gente não esquece a passagem lusa por estas terras…



Gostei particularmente dos folclóricos riquexós, densamente ornamentados com coloridas flores e todos – sem excepção – com música própria, qual delas a mais imprópria para os nossos ouvidos ocidentais. Mas perfeitamente adequada para o cenário.

Foi em 1511 que Afonso de Albuquerque partiu de Goa (Índia) com cerca de 1.200 homens e perto de 20 navios para conquistar esta base estratégica para a expansão lusa nas Índias Orientais. Em 1641 os holandeses correram connosco, até cederem Malaca aos ingleses em 1825, por troca com uma outra cidade que lhes interessava mais, na ilha indonésia de Sumatra.

Sem comentários:

Enviar um comentário