“Isso aí é um autocarro?”, questionou, apontando com o indicador direito, como se houvesse alguma dúvida quanto à resposta.
Não tinha mais de 1,70 metros, fardava de azul e fiquei na dúvida se era um agente da autoridade ou um escuteiro. Uma vez que aparentava uns 45 anos e era o único cidadão que avistei em Queenstown de semblante um pouquinho para o carregado, preferi não arriscar.
“Não. Efectivamente, não é. Só vamos carregar as malas e em dois minutos arrancamos. Por isso não abandonei o carro”, disse-lhe, semi-desculpando-me, já que ignorava a sua “autoridade”.
“No seu país fazem isto? Estacionar carros na zona destinada a autocarros?”, insistiu. Disse-lhe que não, desculpei-me e prometi ser breve.
Queenstown está a ficar irremediavelmente sem espaço, daí a prevaricação ou desenrasque à boa forma portuguesa. A popularidade do pequeno burgo sobe em flecha e garantira-nos que neste momento já só apenas um terço dos habitantes é “kiwi”. Vimos muitos brasileiros a residir cá, tal como os inevitáveis orientais.
A cidade fica na margem do Lago Wakatipu e está rodeada de imponentes montanhas, uma das quais mesmo em “cima” da zona urbana. Subir um teleférico a pique é uma experiência cativante, mas ir aumentando o raio de visão sobre a paisagem paradisíaca é mais uma das grandes experiências inesquecíveis que se pode ter na Nova Zelândia.
Queenstown é muito popular – demasiado – entre os backpackers jovens, sendo conhecida como uma das capitais mundiais do desporto de aventura. Com efeito, não há actividade radical que não se possa fazer por estas bandas.
O Carlos fez Canyonning, enquanto eu e o Zé Luís "trepámos" (tanga) à montanha.
Sem comentários:
Enviar um comentário