Ao chegarmos ao Lago Tenako, queríamos fazer check-in imediato no hostel (com lindíssima vista para o azulíssimo lençol de água) para seguirmos de imediato para o Monte Cook, mas, tirando os turistas de passagem, o Tenako não é propriamente muito agitado (como convém) e só a partir das 15:00 o poderíamos fazer.
Cumpridas as formalidades, viajamos mais 90 quilómetros. Depois de chegarmos à base da montanha, tínhamos pouco mais de quatro horas de sol. Havia que ser rápido. Já íamos inclinados a fazer o trilho do Hooker Valey e no gabinete de informação ao turista selámos a nossa convicção.
A ideia era subir e descer estreitos caminhos até ao glaciar Hooker (Aoraki, em maori), que no último século recuou alguns quilómetros nos Alpes do Sul, bem no centro da ilha. Esta é a maior montanha da Nova Zelândia (3.754 metros).
O facto de todos os aventureiros virem, invariavelmente, em sentido contrário – chegando, assim, ao fim do trilho – não nos demoveu, apenas nos motivou a apressar a passada. Com isso vieram alguns tropeções, mas, felizmente, sem consequências.
Atravessar estreitos passadiços de madeira era das partes mais emocionantes, pois sob os nossos pés corriam vigorosas e revoltas as agora cinzentas águas do degelo do glaciar.
À nossa volta, tudo perfeito. Sem qualquer manifestação humana, apenas luxuriante beleza natural. Melhor mesmo não estragar o cenário com palavras inúteis.
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