A comida começa a ser uma obecessão que nos está a incomodar. Se não estamos de talheres em riste, estamos a pensar na próxima refeição, a planeá-la.
A Nova Zelândia tem imenso para oferecer, mas, infelizmente, gastronomia rica, saborosa e variada é algo que vai tardar, se algum dia chegar. Fish & Chips é um conceito importado que ganhou adeptos entre os locais, mas muitos torcem o nariz a esta iguaria. Não é por acaso que facilmente se encontram restaurantes de outras paragens, com destaque para chineses, tailandeses e japoneses. Os asiáticos começam a povoar o pais e a arrastar os seus hábitos e costumes.
Bom, com tanta falta de oferta – e como várias vezes ficamos instalados em lugares isolados, na natureza, sem um único restaurante – cozinhar tem sido opção regular. Aliás, na onda do que nos tinham aconselhado.
Diga-se que temos feito furor – ainda esta noite três alemãs perguntaram-nos, por duas vezes, para que não ficassem dúvidas, como se fazia o delicioso arroz de marisco (com legumes, adaptação nossa) que lhes demos a provar – pois tratamo-nos bem. Apostamos sempre nos vegetais e preferíamos carne ao almoço e peixinho ao jantar.
O problema é que com a mobilidade que temos e a incerteza de restaurantes nas zonas desérticas (na ilha sul há apenas um milhão de habitantes, concentrados nas cidades, pelo que sobram locais ermos de gente), muitas vezes temos saído de um faustoso almoço para um luxuriante supermercado, fazendo compras já com certa náusea de comida, mas sabendo que sem estas precauções os nossos pneuzinhos vão sofrer.
Estamos a equacionar a possibilidade de reverter a situação, mas afigura-se como cada vez mais provável regressar-mos a Portugal com mais Kg's na "bagagem".
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