Um despretensioso registo desta aventura nos antípodas…

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Entre aeroportos



No que toca à escolha “cega” de comidinha no avião, não há pai para o Carlos. Na reserva online, eu e o Zé Luís optámos pelo estilo vegetariano na Qatar airways, mas, com essa escolha, não fomos alem de arrozinho, batatas e grão embebido em molho picante. Isso de Milão para Doha. Da capital do Qatar para Kuala Lumpur (Malásia) não foi muito diferente. Até no pequeno almoço. Além de mais cheirosa e com melhor aspecto, a comida do Carlos veio ainda com “suplementos especiais”, casos de chocolates e iogurtes. No regresso, faremos ver às simpáticas meninas de bordo que Alá deveria olhar para todos por igual.

Em Doha não chegámos a sair do aeroporto – escala de apenas oito horas e visa de 30 euros (entrada única), convida-nos a visitar a cidade apenas no regresso – mas, do céu, foi possível ver como tudo parece desenhado a régua e esquadro. Aliás, característica igual à dos vários Emirados Árabes Unidos.

O nosso voo até Kuala Lumpur seguia até Pukhet. No entanto, como de costume, fartos de tempo para gastar ficámos sentados para sair no fim. Tanto o fizemos que acabamos por ser claramente os últimos a fazê-lo, perante o olhar “condescendente” das hospedeiras, que já procuravam saber quem eram os infractores. Julgaram-nos virgens, nisto dos aviões.

O primeiro contacto com o ambiente da Malásia foi quente e húmido. Estão mais de 30º e a humidade relativa é para aí de 120% (como disse um dia um anedótico comentador TV). Passar pelo controlo do passaporte foi um suplicio e quando chegámos à recolha das bagagens, só lá já estavam as nossas, guardadas por três sorridentes malaios.

10 horas apenas separam este voo do próximo (sim, é propositado evitar falar do destino seguinte) que, finalmente, nos vai levar à Austrália. Fomos vivamente desaconselhados a ir ao centro de Kuala Lumpur (“vão gastar muito tempo em viagens e no fim não estarão lá duas horas sequer”) e, por isso, seguimos directamente para o LCCT, onde a Air Asia é imperatriz. Antes de voltar a casa, estaremos cá dois dias.

Já sabemos que daqui a pouco vamos jantar no “Taste of Asia” (a comida tem excelente aspecto), difícil vai ser escolher entre as apetitosas iguarias. Sim, jantar. Estamos oito horas adiantados em relação a Portugal...

Neste momento, sacos cama no chão, corpinho estendidinho, portátil a rodar entre nós, recarregado em ficha “pirata”. O tempo passa. Lentamente.

1 comentário:

  1. Olha o meu mano a dormir uma soneca :-)
    Quisera eu essa vida :-)

    Mil bjs p os três!

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